Opiniões de Elisa

Opiniões de Elisa
Nós não conseguimos impedir essa candidatura mas podemos ,todos nós os brasileiros,mentalizarmos em massa para que este governo seja persuadido pelo nosso desejo de uma gestão dígna e justa e que seja tocado para cumprir realmente tudo o que prometeu até o fim do seu mandato,fazendo o que é seu DEVER,governar para todos e não para seus interesses pessoais.

domingo, 8 de maio de 2011

Às mães de REALENGO-RJ.

Às mães de REALENGO-RJ.




Hoje é dia das mães, acordei-me cedo com uma sensação de que faltava algo à minha volta e eu não soube de imediato identificar o que seria. A manhã começou normal. Recebi o abraço do meu filho, o telefonema da minha filha que mora fora do país, os cumprimentos de amigas e vizinhas, mas, a sensação de que ainda faltava algo perdurou.



Ontem, completaram-se trinta dias da tragédia que chocou o mundo em Realengo-RJ. Ao ver na TV  a noite,mães e pais se esforçando de maneira sobre natural para tentarem se acostumar com a ausência de quem partiu ainda no começo da vida, as lágrimas me vieram aos olhos e a tristeza se instalou em minha alma.

Em sites de relacionamento na Internet, prestei algumas homenagens a essas mães e a essas famílias, pedi a DEUS conforto para seus corações, mas ainda assim, a tristeza em minha alma permanecia.



Passei a imaginar como seria o dia das mães destas mães sem a companhia do filho ou da filha querida, sem o abraço, sem o beijo, sem a frase: Mãe, eu te amo!

Coloquei-me no lugar destas mães por um momento e senti quão duro seria sentar-me  à mesa na hora do almoço e ter um lugar vazio, um silencio eterno de uma voz antes alegre, divertida, animada.

Imaginei a dor de não poder preparar o prato preferido deste filho como fora durante todos os anos anteriores.

Imaginei a homenagem da escola, onde este ou esta filha deveria preparar algo com carinho para sua mãe como fora todos os anos anteriores.

Por mais que eu me esforçasse para que o dia corresse normalmente, não foi possível. A tristeza se instalou e ficou.



No meu lar, embora eu tenha podido usufruir da companhia querida do meu filho e do carinho da minha filha mesmo distante, não senti estímulo para preparar nada em especial. Limitamos-nos ao almoço mais simples que se podia servir. Nada além do que comemos na segunda, ou na sexta de qualquer dia comum.



O almoço de hoje não seria algo tão importante para este dia, nem o sol que brilhou no céu azul durante todo o dia, nem o aconchego do meu lar, mas... A necessidade de emitir um pensamento de solidariedade em favor destas mães de REALENGO. Um pensamento que sendo soprado na atmosfera, pudesse alcançar cada coração angustiado de saudade e dor transformando a tristeza de todos em uma centelha de esperança de que em algum lugar lindo, divino da eternidade, essas crianças estejam sendo guardadas para um dia serem reencontradas pelos pais que ficaram aqui na terra.

A morte não é o fim de tudo. A morte é apenas e tão somente o fim de um ciclo que termina aqui para começar em outra dimensão.



O corpo é apenas o invólucro de uma alma que perdura para sempre no universo sutil da eternidade.

As crianças que se foram partiram por que tiveram seu estágio interrompido pelo Criador ou terminaram seu estágio por ordem também do mesmo Criador.

Nada acontece sem que ele permita. Não há injustiça da parte de DEUS. Há situações que nós ainda não temos condição de compreender, mas, a morte certamente não é e nunca foi o fim de uma vida.

Nem precisamos ser religiosos para compreendermos isso. A saudade vai permanecer, pois é natural sentirmos saudade de quem partiu. A dor da ausência vai durar muitos anos ainda, mas também é natural sentirmos a dor da ausência de quem partiu para nunca mais voltar.
 Uma certeza devemos ter: Além do que nossos olhos podem ver e nossas mãos podem tocar existe vida e neste mundo etéreo além da nossa capacidade de compreensão, estão vivendo os afetos de toda a humanidade, pessoas que partiram sem que pudéssemos nos preparar para uma despedida. Assim é a lei da vida.

Estamos aqui por um tempo que só DEUS pode determinar, algumas vezes antecipamos a nossa partida com nossas próprias mãos quando permitimos a destruição lenta do nosso corpo sagrado através de tantos hábitos nocivos.

Outras vezes é necessário que seja como foi para que a humanidade ame mais as crianças, valorize mais a família e seja menos egoísta ,menos individualista.

Através da dor destas famílias que perderam os seus pequeninos, através da partida precoce destas crianças, a través da atitude insana do jovem demente que alienado cometeu a chacina do Realengo, a humanidade certamente passou a refletir melhor em como é importante e urgente o exercício do amor ao próximo sem distinção, o valor à família, o respeito aos que são diferentes e a responsabilidade com as crianças.

Mães de Realengo, seus filhos não morreram, permanecem vivos no plano superior como anjos de luz e de lá certamente neste dia tão sublime em que uma energia de amor materno paira em toda atmosfera terrena, entoam cânticos com corais de anjos, em som de oração para que as mães na terra sejam acalentadas nas suas dores e angustias.

Não há religião que confirme esta certeza, mas a filosofia mais verdadeira onde há também a ciência da imortalidade da alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário